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“Temos direito à igualdade quando a diferença nos inferioriza, e temos direito à diferença quando a igualdade nos descaracteriza”

(Boaventura de Souza Santos)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A HISTÓRIA DE HELEN KELLER (1880-1968)


Defensora pioneira dos direitos dos deficientes físicos, Helen Keller nasceu em Tuscumbia, no estado do Alabama, nos Estados Unidos. Confinada a um mundo silencioso e escuro depois que uma doença a deixou surda, muda e cega com 19 meses de idade, ela se tornou uma criança destrutiva e voluntariosa. Quando estava com 7 anos, a família contratou Anne Sullivan (1866-1936), uma aluna recém formada do Instituto de Surdos Perkins, como professora e governanta. Após apenas duas semanas, um grande progresso ocorreu quando Helen entendeu a palavra “água” que Anne soletrava em sua mão e, a partir daí, uma ligação que durou toda a vida foi estabelecida entre ela e a professora.
Em 1900, Helen Entrou para a Faculdade Radcliffe. Anne Sullivan a acompanhava em todas as aulas e soletrava as palestras desenhando as letras com os dedos na palma de sua mão. Quando uma revista feminina pediu que Helen escrevesse sua autobiografia, Anne contratou o professor Jhon Macy para assessorá-las. “A História da Minha Vida” foi publicado em 1902. Em 1904, Helen se formou com louvor. Anne e Jhon se casaram no ano seguinte, ficando juntos até 1913.
Em 1906, quando o estado de Nova York estabeleceu sua primeira Comissão Estadual para Cegos o governador nomeou Helen Keller para a comissão e ela e Jhon Macy cruzaram o país para angariar fundos. Helen também lançou uma campanha contra a oftalmia neonatal (cegueira nos bebês) tornando-se a primeira pessoa a falar sobre como as doenças venéreas, que podiam ser prevenidas, causavam essa e outras doenças devastadoras. Posteriormente, no mesmo ano, Mary Ages Thomsom (1885-1960) foi contratada como governanta.
Em 1924 a Fundação Americana para Cegos chamou Helen para ser a sua porta-voz. Ela continuou participando ativamente de muitos movimentos por reformas sociais, incluindo ações em prol da abolição do trabalho infantil e da pena de morte. Depois da morte de Jhon Macy, em 1936, Mary Agnes passou a acompanhar Helen. Na década de 1930, Helen conseguiu fazer um lobby eficaz em Washington pela Fundação Americana para Cegos, ajudando a obter serviços de leitura e livros gravados, financiados pelo governo federal, e influenciou na decisão de incluir os cegos na categoria de crédito escolar, sob o Ato de Seguridade Social.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Helen Keller percorreu hospitais militares para levantar o moral e, na década de 1950, fez turnês de palestras na África do Sul, Oriente Médio e América Latina, representando os deficientes visuais. Depois da morte de Mary Agnes Thomson, em 1960, Helen se retirou da vida pública. Em 1964 recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade.
Entre os livros de Helen Keller estão: “O Mundo em que Vivo” (1908) “Saindo da Escuridão” (1913), “No Meio do Caminho: Minha Vida Posterior” (1930), “Vamos ter Fé” (1940), “Professora: Anne Sullivan Macy” (1955), “A Porta Aberta” (1957). Ela também fez dois documentários sobre sua vida: “Libertação” (1918) e “Helen Keller em Sua História” (1954).

(Do livro "Cem mulheres que mudaram o mundo", de Gail Meyer Rolka, Ed. Ediouro)

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